sexta-feira, 29 de março de 2013

Doces lembranças...




Mostra Esotérica - Shibuya Eventos 
Iniciei meus estudos tanto na cultura árabe quanto na cultura cigana há quinze anos com minha mestra Samra Sanches, em 1997/98. Nascia assim o Grupo Kelimaski de Danças no Rio de Janeiro. Me profissionalizei após três anos de estudos ininterruptos, fiz a prova para o sindicato da dança, participei nas bancas examinadoras, festivais de dança, abri a Cia. Keifir de Danças. Enfim...

A raiz de meus estudos da dança cigana vem dos Kalderash,  participando em diversos eventos e conhecendo e estabelecendo relações com variados clãs que tenho profundo respeito.

Saudades das festas ciganas de Mirian Stanescon, das fogueiras de Samra Sanches, de bailar flamenco com Denise Tenório, sorrir dançando com Yasmin Rajal ao som da guitarra de Melchi e de Allan Harbas sob a voz de Tiza. Saudades de dançar com Túlio Cortez e ouvir seus "causos" em roda, da linda gitana Paloma Reyes e do querido Marcelo Aristich. Saudades das mostras esotéricas de Lúcia Shibuya onde convivi por seis deliciosos anos com Cinara Mattos, irmãs Velloso, Katja Bastos, o tarólogo Nataraj e de momentos divertidos ao lado de Sara, uma querida cigana Matchuaya.

Mostra Esotérica - Shibuya Eventos
As festas e eventos árabes no Clube Monte Líbano, no Sírio e Libanês, Monte Sinai, Tijuca Tenis Clube, Casa de Espanha, nos teatros do Rio de Janeiro, na interatividade com as Escolas Kelimaski de Samra, Petite Danse junto com Amanda, com o Nefertari de Cristina Cordeiro e Paula Ahmad, Alquimia da Dança de Yasmin Rajal e Asmahan de Jhade Sharif, bailarinas como Melinda James, Hadjza Kalif, Ranaa Al Jalilahs, Nadja El Balady, Aischa Hortale, Shaira Sayaad e de outras escolas de dança não mencionadas aqui e outras grandes bailarinas que também estão em meu coração e que fazem parte de minha trajetória nesta arte em movimento, geraram experiências várias e proporcionaram novas fontes e trocas de conhecimento.

Fazer parte da turma de Soraya Zaied e Pierre Saloum no Rio de Janeiro, estudar com Lulu, nossa eterna mestra da Shangrilá House em São Paulo e com Hayat El Helwa, se especializar com bailarinos como Jilina, Farida Fahmy (deixou saudades e um belo legado), Mahmoud Reda, Raqia Hassan e Gamal Seif, ampliaram em muito meus horizontes e me deram uma bagagem com a qual eu posso compartilhar, passar adiante e poder dizer, sem sombra de dúvidas, que tenho orgulho em ser bailarina árabe.


Agora desenvolvo meu trabalho de Dança Artística Cigana e Dança Árabe em Florianópolis, encontrando profissionais de um gabarito exemplar como a querida Yasmin Meera em seu trabalho com o feminino e a envolvente e maravilhosa Chari Gonzalez no flamenco e grupos de trabalhos assistenciais como o CEU - Centro de Estudos Universalistas
E assim vamos somando e diversificando nossas experiências a cada passo dado, a cada passo de dança.

Dança Árabe - Projeto Pão e Vida



Shams Keifir




Festa de Santa Sara Khali

terça-feira, 26 de março de 2013

Alma Cigana



Dança Cigana



A Dança Cigana expressa, com movimentos livres e criativos, as emoções e os sentimentos. 

O desenvolvimento das saias, o corpo em concordância com os ritmos e a suavidade das mãos e braços entram em sintonia com a música cigana que é alegre, romântica e muitas vezes sob forma de lamento expressando emoções da alma.
Esta dança nos faz saborear um pouco da cultura de vários povos mostrando a relação do povo cigano com a natureza, sua vida em comunidade e o respeito que possui pela família e suas tradições.

Shams Keifir





Como sempre digo para todos os alunos: "Não sou cigana, mas minha alma é cigana!"

Tenho sempre o cuidado de montar coreografias com o objetivo de que cada aluno possa utilizar os movimentos existentes nela para aplicá-los ao desenvolver sua própria dança.

A dança cigana não é coreografada. É livre, é improviso, vem do coração, sim!

Cabe a mim, como professora de dança, desenvolver a consciência corporal do aluno estimulando a criatividade e a sensibilidade de cada um, trabalhando os aspectos motores cognitivos que proporcionam ritmo, equilíbrio e postura.

Quando se trata de danças étnicas é obrigação do professor passar a cultura proveniente, as experiências e o conhecimento de que ele dispõe.

As coreografias que desenvolvo sempre possuem seu momento de livre expressão, que é quando cada um manifesta seus movimentos de dança e é neste momento que a dança cigana flui.



Beijos a todos