quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Dança Fallahi

Dança com jarro


Fallahi significa que vem do campo, do interior do Egito, palavra vinda de um fallahim.
Os fallahim são os camponeses, os fazendeiros. Há uma variedade de danças e o ritmo fallahi é comumente usado nelas. Dança-se com cestos de coleta de algodões, peneiras, cheios de flores e jarros ou bacias cheias de água. Pode ser dançado livremente ou com casais também.






A identidade interiorana, a simplicidade dos campos, dos agricultores e pecuaristas caracterizam as danças fallahi. 
Os ritmos tradicionais como saidi, fallahi, baladi, ayubi, soudi, wahda e suas variações, são comumente utilizados e suas roupas são as galabeyas e trajes típicos de cada região.



O que divido aqui neste blog com vocês é um pouco de minhas experiências e meus estudos. Sou uma profissional de dança que respeita a diversidade cultural e uma eterna estudante deste Universo da dança Árabe.


Beijos e até breve,
Shams Keifir

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Danças Sufi


Sufismo - O Mistério dos Dervishes

"Um dervishe é um monge muçulmano, que geralmente leva uma vida nômade de sacrifícios, fazendo votos de pobreza, humildade e castidade, vivendo de esmolas. A palavra dervishe vem do persa e significa mendigo, ou mendigo religioso."

"O sufismo é uma parte da religião islâmica que acredita que todos os caminhos levam o ser humano a Allah sendo a música e a dança os caminhos mais belos para se chegar até Ele."

"Tem uma grande relação com a poesia Sufi e é uma filosofia que pode ter varias interpretações. Os turnos das dança simbolizam o tempo que passa, as quatro estacões; também pode representar os quatro elementos: ar, água, fogo e terra. Na filosofia Sufi há um quinto elemento, o vazio, sem o qual os outros elementos não poderiam existir."

vale a pena estudar: 
http://www.mortesubita.org/sociedades-secretas-e-conspiracoes/textos-conspiracionais/sufismo-o-misterio-dos-dervixes

Dança Sufi:
"É essencialmente girar sobre seu eixo e através deste movimento os bailarinos alternam estados de consciência e êxtase místico enquanto suas almas emergem, a partir dos laços terrestres, para entrar no reino de Deus.
O bailarino principal é o Sol e os demais representam os planetas como se fossem o sistema solar.
A Dança Sufi é um universo místico transformador para se conectar com Deus."
 
Dança Tanoura
Tanoura quer dizer "saia".

"Esta dança egípcia deriva dos Giros dos dervishes, mas tem seu objetivo voltado ao espetáculo e apresenta algumas diferenças:
- não é acompanhado de canções e orações entretanto a espiritualidade está evidentemente presente na expressão de transe que os dançarinos adquirem.
- usam-se quatro saias e não uma como os Dervishes e elas são coloridas."
  
 
" A apresentação se consiste em 3 partes:
- apresentação dos músicos;
- dança de apresentação dos dançarinos;
- dança sufi com os giros “Tanoura” – os dançarinos giram, um ao centro e os outros em volta, simbolizando o sol e os planetas girando em sintonia. Ao final, eles retiram as 4 saias em seqüência, simbolizando as 4 estações do ano.

Quando o bailarino levanta o braço direito para cima e aponta o braço esquerdo para baixo, o que representa a união da terra e do céu juntos. Quando ele vira-se ao redor, diz-se que ele entra em um estado de transe, tentando tornar-se luz e ir para o céu."

fontes diversas
http://www.rhamza.com.br/index.php?dir=pesquisa&file=estilos/folcloricas.php&menu=pesquisa/estilos.php&titulo=estilos
http://hrarteeculturaoriental.blogspot.com.br/p/dancas-ritualisticas.html
http://www.melhorconsciencia.com.br/2012/02/danca-sufi-o-ritual-sema-da-ordem-dos-dervishes/ 

O que divido aqui neste blog com vocês é um pouco de minhas experiências e meus estudos. Sou uma profissional de dança que respeita a diversidade cultural e uma eterna estudante deste Universo da dança Árabe.

Beijos e até breve,
Shams Keifir



sábado, 18 de outubro de 2014

Dança Zaar

Lembro bem do Workshop que fiz com Lulu em um dos primeiros works de véus dela no Rio de Janeiro. Neste, em especial, ela frisou bem a importância dos estudos dos giros e obviamente resultou nos workshops seguintes de técnicas de giros e o estudo da dança Zaar.


O Zaar é uma dança de cunho religioso, um ritual feito por mulheres no intuito de entrar em transe para "afastar os maus espíritos". O Ayubi é o ritmo base.



"O drama de uma cerimônia de zaar cativa nossa imaginação rapidinho, mas é preciso lembrar que funciona, pois atua dentro de um cenário cultural específico, com requerimentos muito específicos. Como um culto, os grupos de Zaar têm um líder e os membros devem ir a seções regularmente. Pode haver rituais de zaar públicos ou privados; em um ritual privado apenas os familiares próximos podem estar envolvidos.
A líder pode ser chamada de "Kodia" (Egito), Shaykha (Sudão) ou "Umiya" (Sudão), dependendo da região. A própria líder é possuída. Ela tem que entrar em acordo com seu "Jinn" ou espírito para estar pronta a ajudar os outros. A liderança é normalmente passada de mãe para filha ou por membros femininos da família. Homens não podem herdar a possessão, mas podem reivindicar terem sido "chamados".
O zaar egípcio é normalmente feito num quarto amplo com um altar. Em qualquer país, é importante que o espaço de uso doméstico seja separado do espaço sagrado, ou do lugar de sacrifício para o zaar. O altar é coberto com um pano branco e empilhado de castanhas e frutas secas. A Kodia e seus músicos ocupam um lado do quarto, e os participantes o resto dele. Os convidados devem contribuir com uma quantia de dinheiro de acordo com sua posição. Ter uma cerimônia de zaar pode ser muito lucrativo, mas entende-se que o líder de zaar é alguém a quem as mulheres podem recorrer em tempos de necessidade - assim ele serve também como uma sociedade solidária na qual os membros tanto dão como recebem ajuda.
A mulher para quem o zaar é preparado pode vestir-se de branco, geralmente uma galabiya de homem, ou saia. Ela usa henna nas mãos e corpo, e kohl nos olhos. Ela também pode ser fortemente perfumada, como os convidados. Duriye Abdullahi, nativo da Somália, diz que perfumes, especialmente olíbano são as oferendas mais comuns aos espíritos do zaar. No começo das cerimônias, passa-se um turíbulo entre os convidados, para purificarem seus corpos."

Vale a pena assistir este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=2KJFlDtT70c


Aqui, um grupo dançando o Zaar artisticamente:


O que divido aqui neste blog com vocês é um pouco de minhas experiências e meus estudos. Sou uma profissional de dança que respeita a diversidade cultural e uma eterna estudante deste Universo da dança Árabe.

Beijos e até breve,
Shams Keifir



sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Racks Al Shamadan

Cibele Oliveira - Raks Al Shamadan
Também conhecida como dança do Candelabro, Racks Al Shamadan  é uma dança antiga popular que era comumente executada em bodas, aniversários, batizados, enfim, em festas familiares que celebravam a iluminação dos novos passos e dos caminhos a quem se homenageava.

Atualmente temos também as versões modernas com velas inseridas em taças iluminando os movimentos da dança.


Cibele Oliveira, Giulia Zanini e Tatiana Suckau
"Como tudo, a sua origem exata foi perdida ao longo do tempo, acredita-se que os dançarinos da corte do Império Otomano introduziram esta dança no Egito, com castiçais com base plana, ou seja, sem estrutura para ser ajustado à cabeça, assim técnica foi realizada apenas por professores que haviam passado anos dominando a arte. 
Mahmoud Reda, argumentando que foram os turcos que trouxeram a dança para o Egito, pois há uma dança folclórica turca muito parecida ao Shamadan, só que é dançado com bandejas de velas equilibrada por bailarinas em festas de casamento. 
Foi apresentado aos egípcios e deixou de fazer parte das tradições e começou a fazer parte dos cenários de espetáculos. 
Alguns dizem que foi Masabni Badia, outros dizem que foi o Koptiyya Shafiyva que ensinou esta dança sua aluna Zouba o Klobatyva e esta foi a primeira a apresentá-la."
http://www.academiamorahnajam.com/cuarto-a%C3%B1o/raqs-al-shamadan/

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Beijos e até breve,
Shams Keifir

sábado, 4 de outubro de 2014

Dança Ghawazee

Ghawazee significa Ciganos.



"Nas vilas egípcias uma dançarina profissional era conhecida como ghadziya (plural ghawazee). Os ghawazee originais eram ciganos, ainda que a palavra tenha se tornado um termo genérico para dançarinas ao invés de denotar um ou vários clãs em particular, como era o caso.(...). Em egípcio ghawazee significa 'invasores' ou 'marginais' e os ciganos sempre viveram de fato ao redor das cidades e às margens da sociedade." BUONAVENTURA, Wendy - The serpent of the Nile.






As ghawazee, realizavam suas danças com trajes folclóricos, com galabeyas e lenços amarrados nos cabelos e nos quadris, dançavam com os lenços, bengalas, tocavam snujs, pandeiros, derbaks e diversos outros instrumentos musicais.


 




As danças tribais da atualidade vieram de estudos das danças ghawazee tanto nos movimentos quanto na diversidade dos trajes, adereços e maquiagens.



Vale a pena assistir este vídeo

O que divido aqui neste blog com vocês é um pouco de minhas experiências e meus estudos. Sou uma profissional de dança que respeita a diversidade cultural e uma eterna estudante deste Universo da dança Árabe.

Beijos e até breve,
Shams Keifir